domingo, 27 de fevereiro de 2011

Distocia em Chinchila

A chinchila (Chinchilla lanigera Bennett, 1829), é uma espécie de roedor da família Chinchilidae originária da América do Sul, com ocorrência relatada no Peru, Bolívia, Chile e Argentina.

Porém, hoje a espécie encontra-se praticamente reduzida a algumas colônias dispersas, confinadas nos mais altos cumes Andinos.

Atualmente é mantida comumente em cativeiro como pet e, segundo historiadores, essa criação teve início nos idos de 1920 por Matthew Chapman, após este levar 13 espécimes para a Califórnia, sendo estes os progenitores da maioria dos exemplares atuais nos Estados Unidos da América.

As fêmeas de chinchilas apresentam útero com dois cornos uterinos e duas cervizes. A membrana vaginal permanece aberta apenas durante o parto e 2 a 4 dias durante o estro. Apresentam três pares de glândulas mamárias, sendo um par inguinal e dois pares torácico laterais.

As chinchilas são poliéstricas sazonais. O período de gestação é em média de 111 dias. Geralmente o parto ocorre nas primeiras horas da manhã e raramente à noite, quando a fêmea dá a luz a dois filhotes.

Dentre as desordens do sistema reprodutor, podemos citar a reabsorção fetal, toxemia da gestação, gravidez ectópica, metrite, piometra, e, quando comparada a outros roedores, raramente apresentam distocias. As causas mais comuns de distocias em chinchilas são fetos grandes ou mal posicionados e inércia uterina.

Os sinais clínicos incluem prostação, vocalização e cuidados excessivos com a região genital.

Em casos mais simples, a utilização do fórceps obstétrico felino pode corrigir a desordem. Porém, recomenda-se intervenção cirúrgica após 4 horas de tentativas frustrantes de parto.

Dr Rodrigo Filippi Prazeres
Médico Veterinário - CRMV/SP 19978